O tempo é uma noção muito curiosa: apesar de ter sido convencionada pelo homem a sua divisão em pequenas fracções todas iguais, na realidade todos nós temos diariamente a sugestão que essas fracções não são assim tão iguais e alguma demoram muito mais a passar do que outras… Se tal é notório no nosso quotidiano, mais evidente se torna quando retrospectivamos o nosso passado recente e nos damos conta da velocidade em que o vivemos ou, a maioria das vezes, da velocidade a que este passou por nós.
Completa que está esta minha presença em Moçambique (regresso esta semana a Portugal) reflito com espanto sobre o ritmo alucinante a que estes doze meses decorreram; houve momentos em que parecia que faltava ainda uma eternidade para as férias de Verão - que ainda teria oportunidade de ver, experimentar, sentir, tanta coisa que acabei por não fazer - agora que olho para trás, apesar de ter recheado o meu baú de memórias com uma miríade de visões, cheiros e emoções que jamais esquecerei, concluo que tudo passou num instante, como se apenas uma daquelas pequenas fracções tivesse decorrido – “Parece que foi ontem que cheguei!...” (frase cliché que se repete gratuitamente nestas situações, mas não deixa de ser uma realidade)
Nestes últimos dias sinto uma necessidade extrema de expremer todas as fracções temporais de forma a aproveitar ao máximo os derradeiros momentos desta aventura… percorro as ruas da cidade de Maputo com um sorriso cúmplice recordando tudo aquilo que aqui vivi; fito demoradamente alguns locais numa vã tentativa de que algumas imagens possam ficar gravadas na minha memória como se de uma película fotográfica se tratasse… tenho muita vontade de regressar ao meu país e estou ansioso por voltar a abraçar todos aqueles que amo e que me aguardam em Portugal (a saudade do emigrante é algo de indescritível) mas ah, como gostaria de poder levar comigo parte deste outro mundo em que tive o privilégio de mergulhar.
Na primeira crónica que escrevi, poucos dias depois de aterrar em Maputo, falei no feitiço de África e da forma como este continente nos prende; na altura era mais uma sensação… hoje é uma certeza. Terei possivelmente várias oportunidades de voltar a África ao longo da minha vida, nem que seja numa fugaz visita turística, mas mesmo que tal nunca venha a acontecer uma certeza eu tenho: África nunca deixará de me acompanhar…
Até sempre Maputo, Kanimambo Moçambique!
Completa que está esta minha presença em Moçambique (regresso esta semana a Portugal) reflito com espanto sobre o ritmo alucinante a que estes doze meses decorreram; houve momentos em que parecia que faltava ainda uma eternidade para as férias de Verão - que ainda teria oportunidade de ver, experimentar, sentir, tanta coisa que acabei por não fazer - agora que olho para trás, apesar de ter recheado o meu baú de memórias com uma miríade de visões, cheiros e emoções que jamais esquecerei, concluo que tudo passou num instante, como se apenas uma daquelas pequenas fracções tivesse decorrido – “Parece que foi ontem que cheguei!...” (frase cliché que se repete gratuitamente nestas situações, mas não deixa de ser uma realidade)
Nestes últimos dias sinto uma necessidade extrema de expremer todas as fracções temporais de forma a aproveitar ao máximo os derradeiros momentos desta aventura… percorro as ruas da cidade de Maputo com um sorriso cúmplice recordando tudo aquilo que aqui vivi; fito demoradamente alguns locais numa vã tentativa de que algumas imagens possam ficar gravadas na minha memória como se de uma película fotográfica se tratasse… tenho muita vontade de regressar ao meu país e estou ansioso por voltar a abraçar todos aqueles que amo e que me aguardam em Portugal (a saudade do emigrante é algo de indescritível) mas ah, como gostaria de poder levar comigo parte deste outro mundo em que tive o privilégio de mergulhar.
Na primeira crónica que escrevi, poucos dias depois de aterrar em Maputo, falei no feitiço de África e da forma como este continente nos prende; na altura era mais uma sensação… hoje é uma certeza. Terei possivelmente várias oportunidades de voltar a África ao longo da minha vida, nem que seja numa fugaz visita turística, mas mesmo que tal nunca venha a acontecer uma certeza eu tenho: África nunca deixará de me acompanhar…
Até sempre Maputo, Kanimambo Moçambique!
Tão interessante o primeiro como o sentido o último! - abraço, IO.
ResponderEliminarO Famoso ditado "A PALAVRA é de Prata .......... o SILÊNCIO é de Ouro" deixa de fazer sentido quando se lê os teus textos.
ResponderEliminarContinua a escrever, SEMPRE!!
Não consegui ler o texto completo - culpa de uma saudade eterna!
ResponderEliminarGrato pela sensibilidade transmitida.
Fraterno abraço, "irmão".
Continue a escrever - serei fiel leitor (prometo ler tudo depois de refeito de uma lágrima teimosa...)
next blog de loquemiro.blogspot.com
ResponderEliminarSaludos, no entiendo porque hablo español, pero de todas formas solo quiero escribir un saludo desde MEXICO!!!!!
Hoya hoyo João
ResponderEliminarTambém sofro desse feitiço desde a primeira vez que estive em Moçambique -200. Desde aí Moçambique ocupa um lugar muito especial, exprimivel apenas num sorriso tonto que teimamos em manter qd nos referimos a tudo o que aí passámos.É bom saber que existem outros com esse feitiço,
Bom regresso
Ana Rita Sequeira
Só hoje encontrei este espaço dedicado a uma terra que para mim significa muito.
ResponderEliminarSe 12 meses fizeram este efeito em alguém o que se pode dizer de toda uma infância e juventude passadas em África...
Vou ler com atenção...
Um abraço da flor
Maningue nice
ResponderEliminarRio de Janeiro,19 09 09
ResponderEliminarSalve, João, Bom dia:
Magífico trabalho. Dá-nos a vontade de lá estar.
Necessito divulgar meu portal e meus serviços na África de língua portuguesa: http://jobclassification.googlepages.com/
Peço a gentileza de ajudar-me indicando "link's" e/ou endereço de empresas.
Estimo muito sucesso em seu trabalho.
Abraço
João Calvano
Joao Nogueira,
ResponderEliminarAdorei a sua descricao de mocambique,tanta emocao,tanto coracao...fiquei ate emocionada.
Vou agora pela primeira vez a Maputo,estou ansiosa para sentir esse espirito intenso africano.
Pode fazer-me alguma sugestao de visitas?
Fico desde ja muito grata e muito obrigado por partilhar esta experiencia de vida.
Um abraco.
Mela