Às seis e dez da manhã o despertador resgata-me do sono profundo e recorda-me que mais um dia de trabalho me espera. Naqueles breves instantes que medeiam o despertar e o acordar (onde tanta vez me interroguei onde estava) sou confrontado com um estranho som metálico que ainda não tinha ouvido aqui em Maputo – o metálico estrondo de milhares de gotas de água que embatiam nos vidros e nas paredes do meu apartamento: estava a chover... ou melhor estava a Chover!
Ao sair de casa apercebi-me da dimensão da intempérie; o ruído da chuva era quase ensurdecedor e abafava por completo o som dos carros e os gritos dos cobradores dos chapas que paravam à esquina do prédio; paradoxalmente (pelo menos do meu ponto de vista) esta nova condição meteorológica não impedia que um forte calor se sentisse, ao ponto de se verificar uma aparente sugestão de que a água que caía era quente... talvez não o fosse, mas uma certeza tive – molha! Molha mesmo, não só os tolos (como a chuvinha do meu país) mas todos aqueles que não têm a esperteza suficiente para dela sair o mais rápido possível. Quase que me incluo nestes últimos, pois a opção de contemplar o ambiente teve o dom de me deixar praticamente encharcado. Apressei-me enfim para o carro rezando para que ele fosse mais tolerante à chuva do que muitos e não me deixasse ficar mal. Não deixou!
A caminho da escola verifico que apesar do temporal, o movimento na cidade pouco mudou e que as bermas e passeios estão na mesma repletos de pessoas (algumas com o passo mais apressado que o habitual, outras nem por isso) que se deslocam para o trabalho acompanhando os beirais cheios de água, ambos correndo como que por instinto para um destino dado como certo. O fluxo de água é tal que o final da avenida que conduz à escola está transformado num verdadeiro rio e é com extrema dificuldade que consigo ultrapassar esta barreira (ainda bem que não comprei um carro desportivo!).
Ao chegar à escola, fico a saber que “Isto não é nada! É só um chuvisco!” (embora não me sinta à partida muito convencido, recordo as imagens das cheias de 2002 e dou a braço a torcer… tudo bem, é só um “chuvisco”, mas é o maior “chuvisco” que já vi!). Após as aulas da manhã tudo tinha terminado e o sol voltou a reinar no céu azul puro a que já me habituei. Decidi ir almoçar ao “Costa do Sol” e no regresso, por entre as árvores carcomidas da marginal de Maputo, senti um cheiro novo... o da terra vermelha molhada que aquece de novo sob o sol! Não sei se é este o tal cheiro de África que tão ansiosamente perspectivei à chegada a Moçambique, mas é um cheiro diferente e surpreendentemente (ou talvez não) muito agradável. Que pena que o odor não seja fotografável!
Ao sair de casa apercebi-me da dimensão da intempérie; o ruído da chuva era quase ensurdecedor e abafava por completo o som dos carros e os gritos dos cobradores dos chapas que paravam à esquina do prédio; paradoxalmente (pelo menos do meu ponto de vista) esta nova condição meteorológica não impedia que um forte calor se sentisse, ao ponto de se verificar uma aparente sugestão de que a água que caía era quente... talvez não o fosse, mas uma certeza tive – molha! Molha mesmo, não só os tolos (como a chuvinha do meu país) mas todos aqueles que não têm a esperteza suficiente para dela sair o mais rápido possível. Quase que me incluo nestes últimos, pois a opção de contemplar o ambiente teve o dom de me deixar praticamente encharcado. Apressei-me enfim para o carro rezando para que ele fosse mais tolerante à chuva do que muitos e não me deixasse ficar mal. Não deixou!
A caminho da escola verifico que apesar do temporal, o movimento na cidade pouco mudou e que as bermas e passeios estão na mesma repletos de pessoas (algumas com o passo mais apressado que o habitual, outras nem por isso) que se deslocam para o trabalho acompanhando os beirais cheios de água, ambos correndo como que por instinto para um destino dado como certo. O fluxo de água é tal que o final da avenida que conduz à escola está transformado num verdadeiro rio e é com extrema dificuldade que consigo ultrapassar esta barreira (ainda bem que não comprei um carro desportivo!).
Ao chegar à escola, fico a saber que “Isto não é nada! É só um chuvisco!” (embora não me sinta à partida muito convencido, recordo as imagens das cheias de 2002 e dou a braço a torcer… tudo bem, é só um “chuvisco”, mas é o maior “chuvisco” que já vi!). Após as aulas da manhã tudo tinha terminado e o sol voltou a reinar no céu azul puro a que já me habituei. Decidi ir almoçar ao “Costa do Sol” e no regresso, por entre as árvores carcomidas da marginal de Maputo, senti um cheiro novo... o da terra vermelha molhada que aquece de novo sob o sol! Não sei se é este o tal cheiro de África que tão ansiosamente perspectivei à chegada a Moçambique, mas é um cheiro diferente e surpreendentemente (ou talvez não) muito agradável. Que pena que o odor não seja fotografável!
Sem dúvida algo característico em Moçambique e que eu já por várias vezes assisti... Por vezes está um dia com um sol radiante e num espaço de minutos levanta-se um temporal que passado pouco tempo passa e fica novamente um sol radiante... Uma beleza indescritível ...
ResponderEliminarE essa Costa do Sol ... Que belos camarões grelhados se comem :)
Saudades de Moçambique!!!!