A Ilha de Inhaca
O ritmo de trabalho e a inesperada quantidade de solicitações a que tenho sido submetido aqui em Moçambique têm-me deixado muito pouco tempo e principalmente disponibilidade mental para a escrita destas crónicas que tinha pensado produzir a um ritmo semanal – temas e motivos é que não me faltam... pondero a hipótese de me atrever a escrever um livro no final deste ano lectivo, terminada a minha aventura africana.
Retomo as “Crónicas de Maputo” falando não da cidade, mas duma pequena ilha situada a apenas 32Km da capital Moçambicana: a ilha de Inhaca. Esta pequena ilha situa-se na extremidade da barreira natural entre o Oceano Índico e a Baía de Maputo, quase tocando a península de Machangulo. Apesar das suas reduzidas dimensões (menos de 40Km2) esta ilha oferece boas condições de habitabilidade: pântanos situados entre as dunas constituem uma preciosa fonte de água doce, as densas florestas fornecem madeira e a vegetação pode ser aproveitada para a construção de palhotas; o mar, esse abunda em peixe, marisco e crustáceos. Os primeiros habitantes foram durante muito tempo liderados por régulos da dinastia Nhaca – daí o nome dado à ilha.
Conta a lenda que os primeiros povoadores teriam abordado a ilha a partir de uma jangada à deriva no mar. Esta jangada viria do Norte arrastada por correntes devido a cheias no continente... ainda hoje todos os mortos na ilha são enterrados com a cabeça virada para Norte: “de onde todos nós viemos”.
Retomo as “Crónicas de Maputo” falando não da cidade, mas duma pequena ilha situada a apenas 32Km da capital Moçambicana: a ilha de Inhaca. Esta pequena ilha situa-se na extremidade da barreira natural entre o Oceano Índico e a Baía de Maputo, quase tocando a península de Machangulo. Apesar das suas reduzidas dimensões (menos de 40Km2) esta ilha oferece boas condições de habitabilidade: pântanos situados entre as dunas constituem uma preciosa fonte de água doce, as densas florestas fornecem madeira e a vegetação pode ser aproveitada para a construção de palhotas; o mar, esse abunda em peixe, marisco e crustáceos. Os primeiros habitantes foram durante muito tempo liderados por régulos da dinastia Nhaca – daí o nome dado à ilha.
Conta a lenda que os primeiros povoadores teriam abordado a ilha a partir de uma jangada à deriva no mar. Esta jangada viria do Norte arrastada por correntes devido a cheias no continente... ainda hoje todos os mortos na ilha são enterrados com a cabeça virada para Norte: “de onde todos nós viemos”.
Navegadores Portugueses instituíram no século XVIII um posto de comércio de Marfim numa pequena ilhota anexa a Inhaca ainda hoje conhecida como Ilha dos Portugueses.
A Inhaca de hoje é uma ilha pacata, após os atribulados anos da guerra civil de Moçambique em que a sua população disparou para quase 10.000 habitantes devido ao fluxo de refugiados. Com os acordos de paz de 92 muitos regressaram ao continente e presentemente vivem cerca de 4500 pessoas na ilha. Este povo vive tranquilamente, sobrevivendo dos recursos naturais, mas dependendo fortemente de bens vindos da capital – recentemente o turismo tem sido a nova aposta e aos poucos começam a surgir infraestruturas que procuram rentabilizar a maior riqueza desta ilha: as lindíssimas praias de areia fina.
Foi este pequeno paraíso que fui conhecer, aproveitando um fim de semana prolongado por um feriado...
2 Comments:
Olá
foi o nosso refúgio nos fins-de semana de 76\77; voltei em janeiro de 2004 para o filhote a conhecer.
está "absolutamente" igual.
até o pessoal é o mesmo.
Um Abraço a todos.
Sus escritos sobre la isla de Inhaca y la de los portugueses me hacen esperar aún más ilusión de la que ya tenía mi próxima visita a Mozambique.
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